Uau! nem acredito que esta página ainda existe!
Foram 7 anos de abandono. Se eu escrever aqui, alguém vai ler? Não sei mais como isto funciona. Desde a última postagem muita coisa acontece, mas a mais importante delas foi o nascimento do meu filho. E se tem uma coisa que vira a nossa vida e carreira de cabeça para baixo, é a chegada de um filho. E a pandemia, então? E pandemia, com filho pequeno e carreira na Universidade?
Esse drama não é só meu, mas de muitas mulheres docentes, técnicas e estudantes. Muita gente fingiu que estava tudo bem e que "dava conta". ninguém deu conta de nada e a quantidade de gente medicada explodiu. A insatisfação cresceu. Eu realmente cheguei a acreditar que algo mudaria no sistema de carreira, na observação da evolução dos trabalhos e progressões à luz desse período, mas agora, que "tudo passou" (até parece!), está tudo voltando a ser como antes. A mulherada está retornando para seus postos de sempre, tentando fazer de tudo para competir com homens solteiros...não dá. Eu acho que igualdade na carreira passa por uma revolução no trabalho. Retrocesso, mais uma vez. Todos deveriam respeitar a jornada e trabalhar nesse período. Nada de jornadas de 12 a 18h....isso é impossível para mim e para qualquer cidadão normal, de meia idade, que preza pela vida. Mas a CAPES continua querendo me avaliar daquele jeito de sempre, produtivista. E meus colegas, aceitam e cumprem essa regra. Eu quero a revolução educacional e avaliativa.
Eu reformei minha vida nos últimos anos e agora faço minhas 40h semanais, dedicação exclusiva, como consta em contrato. O resto do tempo eu cresço, me desenvolvo, me exercito e crio um cidadão que colabora para a uma sociedade melhor. Não me venham com 12 artigos em 2 anos. Não construí minha carreira para virar uma salameira, uma párea internacional dentro da minha área. Tenho o respeito dos colegas do mundo todo e o manterei a todo custo. Prioridades, meu bem!
